28 de jan. de 2003

Vale a pena. Visitem esse Blog: www.impertinentes.blogspot.com

27 de jan. de 2003

Tinha esquecido. Após ler o sustentáculo do Liberalismo no artigo abaixo, reflita se há algum fundamento nas "críticas" feita pelos esquerditas (e até "direitistas") e todas as pessoas afetadas de alguma forma pela linguagem deles, quando dirigem gritos e palavras de ordem (quando não, tratados "teóricos") contra o madito "neoliberalismo". Faça isso, reflita. É simples e não exige muito esforço. O problema é que esse tipo de contraponto está desaparecido do debate público nacional. O que torna a experiência muito interessante e de grande utilidade.

26 de jan. de 2003

Fórum Social Mundial e o Ideário Liberal

Em tempos de Fórum Social Mundial onde a demonização do "neoliberalismo" é o chavão do dia, torna-se uma obrigação daqueles que defendem a causa da Liberdade a prestação do esclarecimento à platéia sonsa e estupidificada pelo discurso daqueles que encontram-se em adiantado grau de convicções absurdas. A turma do FSM arrumou o "neoliberalismo" como bode-expiatório para a causa dos males da humanidade, assim como a literatura acadêmica, religiosa e "cultural" desde meados dos séc. XIX julga o capitalismo como causa da tremenda desigualdade que assola os países e o mundo. Nada é novidade. A cena apenas está se repetindo, agora, em baixo de nossas barbas...

Por uma questão de civismo cabe aqueles que não estão comprometidos com causa socialista do imbecialismo teórico gramscista e muito além disso, enganjados na defesa da Liberdade, condição básica e essencial que representa o único meio de alcançar e maximizar o bem estar geral, cabe-nos portanto, esclarecer a sonsa platéia o que significa realmente o Liberalismo.

O professor Rubem de Freitas Novaes escreveu um artigo para o Jornal O Estado de São Paulo onde descreveu, alicerçado em Smith, L. von Mises, Hayek e Freidman, os princípios básicos que sustentam o Liberaslismo econômico e político. Diante da urgência em remover a grotesca falsidade e embuste que envolve o debate ideológico do FSM e escalarecer a opinião pública, reproduzo abaixo o Ideário Liberal por ele assinalado.

[...] "Carlos Lessa, Presidente do BNDES, por exemplo, escrevendo no Globo, afirmou que “a política macroeconômica neoliberal está centrada em três esteios: superávit orçamentário (primário), restrição monetária (juros altos) e câmbio flutuante”. Ora, uma política neoliberal é centrada em princípios e não em instrumentos".

O Ideário Liberal:

1. Numa sociedade que se pretende livre, o Estado não tem vontade própria, nem se situa acima dos indivíduos. É apenas um meio de instrumentar a vontade coletiva dos cidadãos, quando esta vontade não pode ser adequadamente atendida pelo sistema de mercado.

2. Não existe “almoço grátis”. O Governo não produz recursos. Apenas os transfere de uns para outros. Qualquer conta é sempre paga pela população, seja sobre a forma de impostos, de empréstimos (que são impostos futuros), ou de um imposto inflacionário (quando a emissão de moeda conduz à inflação). Da mesma forma, qualquer proteção a algum setor implica sempre em desproteção a outro. Posto de forma mais geral, como os recursos são escassos, a cada benefício corresponde sempre um custo.

3. Qualquer troca voluntária (e com adequado nível de informação), de bens, tecnologia ou recursos financeiros, sempre beneficia às partes, caso contrário não ocorreria. Daí que a abertura comercial e financeira é, em princípio, desejável.

4. O mercado não é perfeito como alocador de recursos e muito menos como distribuidor de renda e riqueza. Mas a intervenção governamental tem custos e, geralmente, apesar de suas boas intenções, causa mais imperfeições do que as que pretende corrigir.

5. A intervenção estatal, quando se mostrar necessária, deve se materializar através de regras claras, estáveis e impessoais, e não através de medidas discricionárias, alimentadoras de incertezas e corrupção. (Autoridade das regras e não regra das autoridades, segundo dizeres de Og Leme).

6. O respeito aos contratos e a garantia plena dos direitos de propriedade são condições essenciais para a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico.

7. Reconhecendo a importância de um regime fundado no mérito, o que se deve buscar para os cidadãos é a igualdade de oportunidades. Não cabe a ojeriza à competição pelo fato dela ser causadora de desigualdades, mas sim procurar dar as condições de competir a todos os cidadãos.

8. A ação pública, principalmente a de caráter social, deve ocorrer tão próxima quanto possível da população que se quer atingir. O Prefeito sabe melhor que o Governador, que sabe melhor que o Presidente, da necessidade dos seus cidadãos. Mas ninguém, em qualquer nível de Governo, pode saber mais que o próprio cidadão de suas carências e prioridades.

9. Como o funcionário público é remunerado pela população que paga impostos, a ela deve obediência. Nunca o contrário!

10. Assim como nas relações cidadão-Estado deve prevalecer o princípio da soberania do contribuinte, nas relações de produção e comércio deve prevalecer o princípio da soberania do consumidor.

Expostos estes princípios (alguns deles de caráter meramente lógico e, portanto, universais), solicitamos, a todos os críticos do liberalismo, reunidos ou não em Porto Alegre, que, doravante, se dediquem a contestar a doutrina na sua essência, sem confundi-la com as diversas manifestações da política econômica. E que cumpram esta tarefa sem medo de se achar, um dia, um pouco liberais!

23 de jan. de 2003

Hoje coloquei nova epígrafe no Blog que expressa (com a graça Divina), exatamente o cerne da questão que este escriba procura defender e lutar: a Liberdade. É uma citação bíblica da Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios.

Ela significa a essência da presensa do Espíriro de N. S. Jesus Cristo, que assim reza: "Onde houver Liberdade, aí estará o Espírito do Senhor".

Amém.

18 de jan. de 2003

Demência Coletiva ou até quando durará essa hipnóse?

Não há dúvida, entre os estudiosos liberais contemporâneos, que Ludwig von Mises foi um dos maiores teóricos do liberalismo e para muitos o maior, o insubstituível. Sua erudição, criatividade, honestidade intelectual e a admirável bravura de sua luta contra o meio pensante de sua época, aliados a causa científica do estudo da Economia, fizeram de Ludwig von Mises um estudioso de distinta nobreza. Contudo, pouco lido no país onde impera o esquerdismo entre as classes falantes e “escritantes”, se é que existe esse termo.

Alceu Garcia numa oportunidade dessas, escreveu um artigo sobre a originalidade (e até atualidade) de um dos relatos de Mises onde ele abordara as características das agitações juvenis da década de 20/30 (os jovens nazistas) e naquele artigo, Alceu Garcia, mostra a total harmonia do que Mises descrevera sobre o movimento juvenil de seu tempo e as agitações estudantis da década de 60. Ludwig von Mises não é um homem de seu tempo! Diria orgulhosamente Olavo de Carvalho.

Mas bem, o que reproduzo abaixo é uma citação do livro “Uma crítica ao Intervencionismo” do nobre estudioso. Este livro reúne uma série de artigos que destila uma árdua crítica ao intervencionismo econômico escritos na década de 20 e que tão caro tem custado a nós brasileiros.

Embora von Mises tenha escrito este livro no início do séc. XX e na Áustria, o fenômeno descrito por ele cabe perfeitamente para o Brasil de nossos dias. Senão vejamos:

“O mundo só pode manter a humanidade em prosperidade, como a tem mantido nas últimas décadas, se o homem trabalhar segundo a ordem capitalista. Só o capitalismo pode aumentar ainda mais a produtividade do trabalho. O fato da grande maioria das pessoas aderir a uma ideologia, que, por recusar a admitir isso, conduz a políticas que levam a uma redução da produtividade da mão-de-obra e ao consumo de capital, está na base da grande crise cultural que ora nos assola”

Meu Deus, isso foi escrito a 80 anos!! E nós brasileiros, vivemos exatamente este mal descrito por Mises na europa de seu tempo!

Enquanto isso no país do Carnaval ou do futuro, como falavam os antigos imigrantes europeus, vivemos em estado de aguda hipnóse que extirpa a capacidade dos indivíduos, quer dizer, dos cidadãos – para soar politicamente correto – de refletir e enxergar a origem de nosso atraso e subdesenvolvimento.

Se você não compreendeu a citação acima, então prezado leitor, você precisa urgentemente ler “O Imbecil Coletivo - Atualidades Inculturais Brasileiras” já indicado em outra oportunidade e vejo que continuarei a indicar insistentemente em virtude da grave febre intelectual que assolou a cultura nacional.

Depois que li este livro, pensei que essa complacência bovina frente o estado de coisas com que a sociedade, sobretudo a letrada, convive, seria um empurrão para longe das trevas em que inconscientemente este grupo encontra-se submerso. Entretanto, constatei empiricamente, que a gravidade da patologia denuciada tanto por Mises quanto por Olavo é muito maior que eu imaginava...

Eis o mal de nosso tempo e o diagnóstico de que minha geração não viverá a superação de nosso atraso político, econômico e social.

13 de jan. de 2003

No País dos Diplomas...


No país dos diplomas, até que enfim, para atuar como jornalista não é mais necessário um canudo que se compra nas universidades. A maior balela essa de que para ser eficiente ou um qualificado profissional é necessário ter diploma de jornalista, assim como de filósofo e economista, por exemplo. Não acredito que a faculdade de Economia garante o melhor conhecimento no assunto. Quem lê o Alceu Garcia sabe do que estou falando... Aliás, o nosso maior filósofo vivo hoje nunca cursou filosofia ou qualquer outro curso que seja. É um autodidata. Embora os "críticos" de Olavo de Carvalho afirmam falsamente por aí que ele é "auto-denominado filósofo". A saber: quem o condecorou como filósofo não foi ele, mas sim, a Academia Brasileira de Filosofia. Coitado, agora ele sofre as terríveis consequências de não ter sido sequer um estudante universitário de filosofia, ou pelo menos um bom marxista, ou discípulo de Sartre... Na "comunidade dos filósofos" brasileiros, pensar por si só, independentemente, é um insulto a inteligência dos demais.

Do Ponto Crítico de hoje:

JORNALISMO – Finalmente caiu a obrigatoriedade estúpida do diploma de Jornalismo para a obtenção do registro profissional no MT. Já não é sem tempo que é preciso acabar com cartórios neste país e a juíza que sentenciou a medida está de parabéns. Afinal, todo aquele que quiser usar o seu sagrado direito de se expressar ou se manifestar, precisa ser jornalista?. Precisa ter diploma? O curso de jornalismo forma pessoas para a prática de atividades do jornal, não para se manifestar. Os donos de um jornal precisam de pessoas com formação acadêmica para que possam fazer um bom jornal, não para que suas opiniões sejam melhores. As especificidades é que fazem o esclarecimento. É lógico que um médico, ou engenheiro, por exemplo, não estão aptos para dirigir uma área de jornalismo, mas estão aptos a escreverem artigos sobre suas experiências ou vontades. Coisas que o sindicato de jornalistas não percebeu desde que foi criado. E mais, quem deve gostar ou não das manifestações publicadas são os leitores, nunca os sindicatos.

11 de jan. de 2003

Um Blog muito Sério (prestando esclarecimentos)

Delfim Neto, o Keynesianismo e a Escola Austríaca

Estava conversando pelo ICQ com o Renan, meu amigo que ajudou a criar a Blog. Ele me falou que algumas pessoas lhe perguntavam por que eu era tão sério no Blog o que ficaria parecendo que sou um chato; que só fala em Economia etc, etc.

Então lhe falei que o propósito do blog era exatamente este: ser chato. Isto é, só falar em Economia, ou pelo menos na maioria dos posts. O que aliás, não discordo daqueles que acham chato um sujeito que fala de Economia o tempo todo. Sou um chato por excelência, portanto.

Aproveito então, para informar os caros leitores, que um Blog na internet foi a única alternativa (pois escrevo o que bem entendo e tem uma abrangência bastante ampla) para falar sobre o assunto que considero de distinta nobreza e que tanto me fascina. Portanto, peço excusas aos ilustres leitores que se depararem com tamanha chatice. Eu não obrigo ninguem a lê-lo. Quem o lê, faz por que gosta ou sei lá por que...

Por fim, pretendo comentar (assim que ler) a entrevista que Delfim Neto concedeu a revista Conjuntura Econômica, edição de dezembro passado, antes mesmo de receber o convite de Lula para participar de sua equipe econômica. Mas de imediato, já dá para adiantar, que sua entrevista de quatro páginas é uma babação em esperança na política econômica do Lulinha "paz e amor".

Outro ponto que me chamou a atenção - para não dizer um susto - foi a seguinte declaração do ilustre: "não se faz necessário a existência de poupança para gerar o crescimento". Essa tese é conhecida, não é nem uma novidade, aliás, J. M. Keynes é o grande culpado por essa insanidade teórica que levou a maioria das economias do pós-guerra a gerar impagáveis déficits públicos.

Delfim é um grande keynesiano, bem como 99% dos economistas brasileiros. Para se ter uma idéia, hoje a carga tributária brasileira que reflete absurdamente quase 40% da renda nacional, tem origem na delinquência keynesiana. Ela reza que o Estado todo poderoso deve "impulsionar" a economia, gerando crescimento, graças aos juros artificialmente baixos garantidos pelo Estado ou pela emissão de moeda papel protagonizada pelo mesmo. Essa medida inflaciona a economia gerando num primeiro momento uma sensação de bem-estar, mas os economistas devem prever que o que vem em seguida se tal desatino for levado adiante é uma lastimável estagnação econômica e tão logo a estagflação (depressão econômica com inflação), ou seja, o diabo.

Essas perversas conseqüências que leva uma nação a depressão não são previstas pela teoria keynesiana, que sinaliza com mais intervenção do Estado quando denota a trágica realidade que suas próprias mãos a conduziram. Essa nova intervenção Estatal que pretende "salvar" a economia, inevitavelmente, só agrava o problema ao invés de solucioná-lo.

O francês Frédéric Bastiat, outro economista praticamente desconhecido no Brasil e pelas declarações sou levado a intuir que Delfim também não o conhece, ensina que existe o bom e o mau economista pelo fato de que o mau economista enxerga apenas os efeitos que se vê de uma medida econômica (por exemplo os juros artificilamente baixos estabelecidos pelo Estado, sabe-se que num primeiro momento gera crescimento) e, por outro lado, o bom economista, que enxerga os efeitos que se vê, mas também enxerga aqueles que se devem prever (por exemplo, a suposição que o Estado permaneça com uma política monetária artificial, logo após ter-se-á um endividamento público crônico com efeito drástico sobre a sociedade). Este é o efeito que não se vê mas que deve-se prever pela boa teoria econômica. Tenho impressão que Delfim não conhece essa lição.

A Escola Austríaca foi a primeira a apresentar uma teoria fundamentada sobre o assunto (de maneira incompleta foi tratado acima). Mas bem, esse quesito é um assunto especial e caberá à um outro dia.

Enquanto isso, vamos ler a entrevista...

8 de jan. de 2003

O Essencial von Mises

Feita a leitura do livro “O essencial von Mises” farei, como prometido num dos posts anteriores, as considerações a respeito dele. Contudo limitar-me ei a falar mais incisivamente sobre o primeiro capítulo, o qual me chamou bastante a atenção.

Na verdade, “O essencal von Mises” é um livrinho com pouco mais de 50 páginas pertencente a Série “Pensamento Liberal”, editado pelo Instituto Liberal e pela José Olympo editora. O livro pode ser visualizado e comprado clicando aqui.

O autor do livro, Murray N. Rothbard, foi aluno de Ludwig von Mises na New York University e seguiu os passos de seu mestre, tornando-se um dos mais nobres representantes e defensores da Escola Austríaca de Economia. Rothbard, já de início, aborda a contribuição da Escola Austríaca para a teoria econômica. Apresenta-nos desde os erros crassos dos economistas clássicos (Smith, Ricardo, Stuart Mill), isto é, a teoria do valor-trabalho, bem como a sociedade formada por classes. O que culminou na direta ponte que permitiu a Marx edificar sua teoria do Capital com plena lógica frente aos escritos dos economistas que o antecederam.

Rothbard mostra-nos que a Escola Austríaca demostrou mais que satisfatoriamente a invalidade da tese clássica a respeito da formação do valor e dos preços com a elaboração da teoria do valor subjetivo marginal, mas lamentavelmente o marxismo estava impregnado no ambiente “científico” da época, não tomando conhecimento da contribuição dos austríacos para a ciência econômica. Infelizmente vivemos ainda hoje as conseqüências dessa falha dos clássicos, pois Karl Marx tendo derivado sua “teoria” a partir do postulado clássico ganhou notoriedade absoluta nos meios pensantes de sua época e infelizmente essa anomalia intelectual persiste até hoje.

Quem deu os primeiros passos acerca da teoria do valor subjetivo foi Karl Menger - fundador da Escola Austríaca - seguido de seu aluno Eugen von Böhm-Bawerk, os precursores da Escola Austríaca. O que M. Rothbard faz nos capítulos posteriores é introduzir o leitor, de forma sucinta, no universo teórico da contribuição de von Mises, desde sua teoria da moeda; do ciclo econômico; a sua batalha teórica no período entreguerra; a inédita análise sobre a impossibilidade econômica de uma economia socialista até a metodologia da Escola Austríaca fundamentada na ação humana manifestadas livremente pelos indivíduos através dos gostos e preferências que são subjetivos, pessoais e intransferíveis. Essa metodologia criada por von Mises é o que chamou de praxeologia: o estudo da ação humana.

O livro é uma ótima pedida para aqueles que ainda não tiveram contado com a contribuição dos teóricos austríacos e mais ainda para aqueles que nunca estudaram as letras econômicas, pois além de ser escrito com uma linguagem de fácil entendimento e acessível a qualquer leigo em economia, M. Rothbard, descrevendo a Escola Austríaca, elucida, portanto, a Economia como ela de fato é. Economia é o estudo da ação humana no mundo real, marcado pela escassez de recursos e pela incerteza dos agentes econômicos.

Aqueles que desejarem se aprofundar e ainda ir mais além na investigação a respeito dos pontos assinalados por Rothbard neste livro, não deixe de ler “Economia e Liberdade – A Escola Austríaca e a Economia Brasileira” do Ubiratan J. Iorio. Um refinado tratado (e muito bem escrito) sobre a contribuição dos "austríacos" para a ciência econômica. Infelizmente no Brasil esta escola ainda segue relegada ao opróbrio, não só pelo fato de ter sido efetivamente poucos aqueles que tiveram contato e que se deram o trabalho de estudá-la, mas também pela dominação esquerdista dos "centros do saber", que encontram-se comprometidos com anseios políticos ideológicos ante ao estudo sério da ciência que se presta a ensinar.

Enquanto isso, vivemos a hegemonia do keynesianismo e do marxismo nos meios letrados deste país, aliado a seus hediondos (de)efeitos sobre a economia do mundo real. É triste e lamentável. Assim sendo, a leitura dos livros citados acima se faz necessária e urgente, também por uma questão de higiene mental.

(Editado por Álvaro Pedreira de Cerqueira)


7 de jan. de 2003

Não poderia deixar de publicar aqui a coluna de hoje do jornalista Gilberto Simões Pires, cujo jornal virtual distribuido na internet sob sua responsabilidade é o que de melhor se escreve sobre Economia e Política nesta parte do mundo. Eis um trecho:

GOVERNO ZERO - Nunca vi tanto constrangimento. Quem critica ou não aprova o programa Fome Zero parece que é excomungado. Deixa de ser gente e passa a ser diabo. Lamentável, pois vai custar caro e não vai resolver. É passivo puro. É preciso ter alguma coragem para criticar e explicar que o alimento precisa ser conquistado. Até os nômades já sabiam disto. Com um pouco de compreensão já se identifica que diminuindo o valor dos impostos na mesma quantidade dos gastos que se propõe para tentar acabar com a fome, as coisas já melhoram numa proporção bem maior. A fome, só para lembrar, se repete a cada seis horas. E o trabalho remunerado é que permite a compra de alimentos para que ela seja satisfeita a cada período. Portanto, o que falta é trabalho. Trabalho, não necessariamente emprego. A compra do alimento estimula a auto-estima, é justo, honesto e soberano. Ganhar comida, ao contrário, desestimula, constrói desconfiança e torna fraco o indivíduo.

5 de jan. de 2003

Conduta Decente

Parabéns ao nosso governador aqui do RS que anuciou já de cara o corte de despesas do Estado falido que recebeste. Brilhante iniciativa. Que Deus continue lhe dando lucidez e coragem!

Outra atitude não menos digna de registro, foi a devolução do comando da Escola Tiradentes aos militares. Na era Olívio Dutra/Lucia Camini ela passou a ser comanda pelos revolucionários do governo do Estado. Ressuscita o elevado caráter daquele educandário, a exemplo de sua nobre história pelo distinto papel que tem cumprido na formação moral de seus alunos. É preciso desmarxizar o ensino e passar a educar.

Confesso que não esperava essas medidas da mais alta estirpe de sua parte. Neste sentido uma luz no fim do túnel começa a surgir. Espero que não seja um trem na contramão.

Pena não poder dizer o mesmo da turma que está lá no Planalto. Como diz o Nivaldo Cordeiro, "quem viver, chorará".

2 de jan. de 2003

Feliz Ano Novo

Eis a mensagem mais linda que recebi de Ano Novo que tem tudo a ver com este Blog e gostaria que vocês lessem.


FELIZ 2003!

Desejo a todos vocês, internautas amigos,
Aos que conheço pessoalmente
E aos que são apenas amigos "ciberespacianos"
Um Ano Novo com saúde e Paz.
Paz interior, Paz de Espírito, Paz de Cristo,
Paz simbolizada pelo branco, que nunca foi nem será vermelho,
Das estrelas da Bandeira Nacional.
Jamais conheci alguém com "medo de ser feliz".
Só que felicidade é um conceito abstrato, pessoal,
Subjetivo, intransferível, imensurável e indefinível.
Quero que cada um de vocês seja feliz à sua maneira,
De acordo com o que julgar ser a busca da felicidade.
Kant observou, com sua experiência e acuidade,
Que "ninguém pode nos obrigar a ser felizes à sua maneira".
E até Deus, até por ser Deus, nos deu o livre arbítrio.
Que os novos governantes tenham aprendido com a História
Que o fracasso total de todos os governos,
Tanto de esquerda como de direita,
Que tentaram impor ao povo o seu conceito de "felicidade",
Só pode ser explicado pela supressão das liberdades individuais.
Que os brasileiros jamais voltem a perder a sua liberdade,
seja ela econômica, de consciência, de credo, de pensamento
E de manifestar-se politicamente.
Porque só podemos ser felizes se tivermos liberdade!

Ubiratan Jorge Iorio