30 de dez. de 2002

2ª edição deste Post (Revisado e Ampliado)

Conheci um sujeito muito inteligente, que por hora prefere ficar anônimo, pelo motivo de estar rodeado de esquerdistas e sabe o tratamento que receberá de seus companheiros de trabalho se expor suas idéias nada conveniente ao denominado senso comum da nata pensante. Mais uma vez eu agradeço a Deus por esse maravilhoso invento que é a internet. Graças a ela os poucos liberais que há neste país vagarosamente estão se encontrando. Como disse o Olavo de Carvalho: a esquerda pensa ser superior a direita pois basta ver a quantidade de pensadores e intelectuais que tomam a ideologia esquerdista como parametro de análise da sociedade e a quantidade de direitistas que existe no meio culto. Olavo não só afirma, mas demostra claramente no Imbecil Coletivo que a quantidade de adéptos ao ideário esquerdista não serve em absoluto como prova da qualidade daquilo que as esquerdas defendem.

Ademais, aquilo que as esquerdas pensam ser a "direita" é nada mais do que um (sub)produto de sua cabeça, pois o que acreditam está longe de significar a verdadeira Direita, pois não conhecem um Ludwig von Mises, um Bastiat, um Eugen Böhm-Bawerk, um Voegelin, um Hayek, um Spencer, um Hazlitt, um Hans-Hermann Hoppe, um Jouvenel, um Lew Rockwell, e nem mesmo aqueles brilhantes solitários que estão por estas plagas como um Marcello Tostes, um Ubiratan Iorio, um Alvaro Velloso, um Alceu Garcia, um Evandro Ferreira, entre outros poucos.

Indivíduos, façam bem para sua cabeças, visitem o fabuloso blog Contra a Ilusão! Mais um franco atirador arrodeado de esquerdistas que faz de seu Blog um meio de libertar suas idéias. Vida longa a você e seu Blog amigo. A consciência nacional agradece.


Tá na capa do Jornal!

Lula de Rolls-Royce (ahahah).

29 de dez. de 2002

Lá por terça-feira devo estar recebendo o livro "O Essencial von Mises" do Murray Rothbard. Certamente farei as considerações do livro aqui no blog logo que ler.
No momento esto atarefado com a re-leitura do "Jardim das Aflições" e com o estudo de "Economia e Liberdade" que é um ótimo livro, cujo o qual aborda todo o universo teórico da Escola Austríaca de Economia. Desde sua gênese epistemológica até o estudo da ação humana e dos mercados. O Prof. Ubiratan produziu um trabalho primoroso.

A pergunta que não quer calar: Até quando a Escola Austríaca continuará obscura em nosso meio acadêmico?

Enquanto o establishment universitário não se preocupa, existem inúmeras alternativas para aqueles que procuram saber um pouco mais do que é dito - e omitido - em sala de aula. Os Links acima são uma ótima pedida. Visitem por favor!
Há também alguns poucos guerreiros neste país empenhados na tarefa de divulgar esta escola, um deles é o Alceu Garcia (vide aqui para ler uma obra prima) que tem excelentes artigos (e aqui para ler os demais). Aliás, foi graças aos seus escritos distribuídos na web que tive a impagável oportunidade de conhecer a escola subjetivista. Obrigado Alceu! A culpa é toda sua.

27 de dez. de 2002

Uns dos melhores artigos sobre Liberalismo que já li foi esse do Marcello Tostes publicado no Indivíduo. Inclusive tenho ele em apostila, pois é merecido. Recomendo a todos que desejarem se aprofundar no debate sobre o Liberalismo, suas origens filosóficas, bem como a lacuna legada pelos teóricos do Liberalismo Clássico, isto é, a idéia do Estado "mínimo", que nesta análise o autor leva tal raciocínio as últimas conseqüências lógicas. Um artigo sensacional!

Aliás, recomendo TODOS os artigos do Marcello, pois são magníficos. Além de ser muito bem escritos.

26 de dez. de 2002

Pensamento do dia

"Ninguém pode encontrar um caminho para si próprio se a sociedade está se precipitando na destruição. Por esse motivo, toda pessoa, em seu próprio interesse, deve se lançar, com vigor, no debate intelectual. Ninguém pode ficar à margem, indiferente; os interesses de cada um dependem do resultado disso. Quer queira ou não, todo homem é atirado na grande luta histórica, na batalha decisiva dentro da qual nossa época nos mergulhou".

Ludwig von Mises


25 de dez. de 2002

Obrigado querida amiga Inês pela ajuda em inserir links! Gracias, Gracias!

24 de dez. de 2002

Extra!! Extra!! o Mula, desculpa, quis dizer o Lula, anuciou a tropa ministerial. Me agonizo só de ler a notícia de capa de jornal com aquela montoeira, se me permitem o termo, de ministros. Como diz o Nivaldo, uma corja de parasitas. É triste, lamentável.

Que presente de Natal, heim! Até pro Olívio Dutra arrumaram uma boca!

Revoltante.
Li no Jornal do Comércio aqui do RS que, em breve, o e-comerce também será tributado, pois projetos para sua regulação já está em andamento. Uma droga!! Até que demoraram, num país onde o Estado é exímio sugador do dinheiro alheio!!! Será o fim do laissez faire virtual. Morte aos legisladores!

23 de dez. de 2002

O assunto é Filmes.

Semana retrasada assisti o filme "Uma Mente Brilhante", que é simplesmente FANTÁSTICO!! Um dos melhores filmes que já vi, ao lado de "Clube da Luta", "Instinto" e "De Olhos Bem Fechados". Muito legal aquela cena no bar, em que Nash utiliza da teoria de Adam Smith para conquistar as mulher.... genial!
E eu querendo comprar "Homens são de Marte e Mulheres são de Venus". Vou é ler "A Riqueza das Nações"!!!


Agradeço ao ilustre Embaixador J. O. de Meira Penna a autorização para publicar neste Blog seus sapientes artigos. Abaixo, apresento aos caros leitores um dos artigos de sua autoria. Ressalto que ainda virão artigos do Ubiratan Iorio, Nelson Lehmann, Olavo de Carvalho, Alceu Garcia, et caterva. Aguardem as novidades deste Blog. E claro, como não podia ser diferente, também lerão desabafos deste franco atirador. Com certeza!

SOBRE O DIREITO DE PROPRIEDADE

J. O. de Meira Penna



Essencial é o direito de propriedade ao funcionamento de uma democracia liberal e seu desrespeito conduz, como Friedrich Hayek percebeu, ao "caminho da servidão". Para os socialistas, ao contrário, a propriedade só deve caber à coletividade, ou seja ao Estado. Quando Proudhon escreveu a frase famosa "a Propriedade é um roubo" (La propriété c´est le vol), estava expressando um princípio mais anarquista do que comunista. Engels afirmava que a propriedade primitiva já teria sido comunista e, de acordo com Marx, a solução de todos os problemas da Humanidade consistiria na supressão da propriedade privada de todos os meios de produção, entregando-os ao proletariado. Na verdade, a origem da idéia esdrúxula, que tamanhos horrores causou em nosso século, se deve a Rousseau. No princípio da 2ª parte de seu ensaio sobre "As Origens e o Fundamento da Desigualdade", o deplorável genebrino atribui ao primeiro homem que, tendo cercado seu terreno, disse "isto é meu" (Le premier qui ayant enclos un terrain, s´avisa de dire, ceci est à moi), a responsabilidade por todos os crimes, guerras, homicídios e misérias do gênero humano A propriedade seria então, segundo Rousseau, a impostura de um louco. A longa jornada do socialismo em sua versão moderna tem essa origem quando, em 1796, com a "Conspiração dos Iguais" de Babeuf ao término da Revolução Francesa, se inicia a lamentável carreira da Ideologia coletivista. Em contrapartida, podemos colocar na obra de Locke, o filósofo da "Revolução Gloriosa" de 1688 na Inglaterra, o princípio da evolução da sociedade democrática e liberal tal como hoje a conhecemos. Nos "Dois Tratados sobre o Governo", Locke sustenta seu argumento na idéia que Liberdade e Propriedade são direitos naturais inerentes do homem, justificando o Governo unicamente como meio de fazê-los respeitar.

O caráter utópico das teses de Rousseau, Proudhon, Marx e Engels é confirmado pela antropologia e biologia que demonstram a existência de um instinto de propriedade e do chamado "imperativo territorial" entre os primitivos e mesmo entre os animais. Nenhum carnívoro admitirá que outro bicho lhe venha roubar a caça; e tentará fixar os limites de seu território, evitando que outros invadam o espaço que se reservou para a própria sobrevivência. Mais solidamente baseados na natureza humana estão pois os grandes defensores do direito de propriedade - Locke, os Pais Fundadores americanos que a colocaram na Constituição, e os economistas da Escola Austríaca, Mises e Hayek, na defesa da instituição sem a qual consideram não ser possível a sobrevivência da própria liberdade. Ao fazerem uma distinção entre meios de produção, que devem caber ao Estado, e os meios de consumo que seriam dos indivíduos, os marxistas se esquecem que, na propriedade da terra, origem do próprio princípio, não é fácil distinguir uma forma de posse da outra. É entre a extensão respectiva do que deva ser de propriedade pública e o que se pode deixar ao indivíduo e sua família - que se tem processado o debate e as lutas civis desde quando a alternativa se apresentou. A polêmica entre os setors público privado resulta, no Brasil, de graves antecedentes históricos quando, por força do Absolutismo monárquico que prosperou em Portugal, o domínio eminente de todo o território pelo Rei enfraqueceu a consciência dos súditos quanto à importância de tais direitos próprios. Herdando a ambiguidade, a delimitação entre o que é público e o que é privado não parece muito clara. Os políticos e burocratas têm tendência em interpretar a propriedade pública como sua, originando-se em tal confusão a corrupção notória de nosso sistema. A irracionalidade popular se descobre na atitude do MST que se considera de esquerda quando o que ambicionam é a propriedade privada da terra e são, logicamente, candidatos a se transformarem em capitalistas rurais. Se os atuais fazendeiros se sentem, instintivamente, ferozes defensores do que é seu, mais condescendente é a classe média que não se dá conta da importância da instituição. A enorme criminalidade oriunda do desrespeito de tais direitos é uma consequência, dessa falta, a qual gerou na Intelectuária e no clero a crença no perverso conceito de Proudhon.

www.meirapenna.org

22 de dez. de 2002



Opção Preferencial pela Pobreza

Lucas Mendes


Os supostos defensores dos excluídos são as pessoas mais pueris que já conheci. Nada contra os fins os quais almejam, aliás, reconheço a nobreza das ambições. Mas sim os meios pelos quais acreditam que conduzirá aos fins almejados.

Para começar acreditam piamente que o governo deve solucionar todos os problemas da existência social e até econômica. Acreditam também, que os sindicatos são um ente em defesa dos interesses dos menos favorecidos. Não enxergam que na luta para "defender" os trabalhadores empregados com aumentos salariais aquém daquele nível em que os empregadores estão dispostos a pagar, por outro lado, estão inviabilizando a contratação de outros trabalhadores desempregados dispostos a exercer uma atividade a uma remuneração menor daquela imposta pelos sindicatos. Invariavelmente os sindicatos além de causar desemprego, pois os empregadores terão de dispensar alguns trabalhadores devido o alto nível de salários que terão que pagar, eles, por outro lado, punem os trabalhadores desempregados (os mais pobres) dispostos a trabalhar por uma remuneração inferior aquela defendida pelos sindicatos. No fim de tudo, os sindicatos causam desemprego e penalizam os mais pobres.

Outra crença não menos idiota da militância cheia de boas intenções é a repugnância ao capital estrangeiro, bem como os bens e serviços oriundos do exterior. Assim, clamam para o governo proteger a indústria nacional. Sua cegueira não os possibilita visualizar que o governo ao proteger determinados setores da indústria nacional (ou todos) penaliza diretamente os consumidores que poderiam adquirir produtos de melhor qualidade e por um preço mais módico caso não houvessem barreiras e proteção a sua entrada. Com essa política, além do Estado privilegiar determinado grupo de empresários, penaliza, por outro lado, as classes de menor renda que caso não houvesse a proteção poderiam adquirir os produtos importados a um menor custo. E mais, aquelas classes que antes tinham condições de comprar os produtos nacionais mais caros, poderão agora direcionar aquela diferença que pouparam, na obtenção de outros bens e serviços, estimulando desse modo outros segmentos da economia. Ou ainda, poderiam poupar o dinheiro para um consumo futuro ou investimento futuro, garantindo assim, a sustentabilidade da atividade econômica.

Mais uma. Os supostos defensores dos excluídos também não enxergam que ao exigir do Estado a provenção de serviços em praticamente toda a esfera da vida social, não vislumbram (pois acreditam que o governo é mágico e pode criar e emitir dinheiro a esmo) que ao exigir do Estado tal bem ou serviço o Estado precisa necessariamente aumentar os impostos sobre a população para angariar recursos para executar o objetivo da casta enganjada na efetivação de tal "projeto". Se os indivíduos ficam com o dinheiro para si, para gastar ele de acordo com seus gostos e preferências estabelecidos segundo sua escala de valor individual e intransferível e não entregando ele ao Estado via tributos [fácil forma que o Estado tem de nos roubar]; seria a melhor e mais justa forma de distribuir renda que um governo poderia fazer.

Ainda mais. Os supostos defensores dos menos favorecidos acreditam que o sistema capitalista é o grande inimigo deste grupo. Grande bobagem. Tapados pela cegueira ideológica que os une e os soterra no fundo de um poço, ainda não enxergaram que após o advento do capitalismo nos países mais desenvolvidos (e só o são por que houve garantia de liberdade nos mais diversos aspectos da vida social, econômica e política) os trabalhadores tiveram um nível de vida jamais atingindo em toda a história da humanidade. Sobretudo na trágica história do séc. XX onde o socialismo real, suposto legitimador dos interesses da classe proletária, pode mostrar o quão ineficiente é em suas demonstrações práticas. Sem levar em consideração a mancha vermelha de sangue que este regime relegou a humanidade.

Infelizmente este é o mar de falácias (que precisam ser demonstradas o quão inúteis e prejudiciais são para conjunto da sociedade), que predomina no ambiente onde ventila os debates de cunho "social" e econômico, que nesta parte do mundo determinados grupos e segmentos da sociedade, uns até mesmo sem o mínimo conhecimento de causa sobre os assuntos os quais procuram "debater" para o público em geral, tomaram para si a digna tarefa de defender os pobres e excluídos. Afora as boas intenções uma verdadeira tragédia econômica e social.

17/11/2002

Até que enfim consegui criar meu Blog, graças a ajuda do meu amigo Renan de Gravataí. Valeu Renan! Neste Blog você encontrará textos de escritores liberais baseados nos ensinamentos da Escola Austríaca de Economia, bem como, meus próprios artigos quando eu tiver algo a dizer.

Sejam todos bem vindos e espero que gostem, embora este Blog não foi criado com a pretensão de agradar o público. Apenas para colocar em circulação algumas idéias fora do contexto acadêmico do dia.