13 de jan. de 2003

No País dos Diplomas...


No país dos diplomas, até que enfim, para atuar como jornalista não é mais necessário um canudo que se compra nas universidades. A maior balela essa de que para ser eficiente ou um qualificado profissional é necessário ter diploma de jornalista, assim como de filósofo e economista, por exemplo. Não acredito que a faculdade de Economia garante o melhor conhecimento no assunto. Quem lê o Alceu Garcia sabe do que estou falando... Aliás, o nosso maior filósofo vivo hoje nunca cursou filosofia ou qualquer outro curso que seja. É um autodidata. Embora os "críticos" de Olavo de Carvalho afirmam falsamente por aí que ele é "auto-denominado filósofo". A saber: quem o condecorou como filósofo não foi ele, mas sim, a Academia Brasileira de Filosofia. Coitado, agora ele sofre as terríveis consequências de não ter sido sequer um estudante universitário de filosofia, ou pelo menos um bom marxista, ou discípulo de Sartre... Na "comunidade dos filósofos" brasileiros, pensar por si só, independentemente, é um insulto a inteligência dos demais.

Do Ponto Crítico de hoje:

JORNALISMO – Finalmente caiu a obrigatoriedade estúpida do diploma de Jornalismo para a obtenção do registro profissional no MT. Já não é sem tempo que é preciso acabar com cartórios neste país e a juíza que sentenciou a medida está de parabéns. Afinal, todo aquele que quiser usar o seu sagrado direito de se expressar ou se manifestar, precisa ser jornalista?. Precisa ter diploma? O curso de jornalismo forma pessoas para a prática de atividades do jornal, não para se manifestar. Os donos de um jornal precisam de pessoas com formação acadêmica para que possam fazer um bom jornal, não para que suas opiniões sejam melhores. As especificidades é que fazem o esclarecimento. É lógico que um médico, ou engenheiro, por exemplo, não estão aptos para dirigir uma área de jornalismo, mas estão aptos a escreverem artigos sobre suas experiências ou vontades. Coisas que o sindicato de jornalistas não percebeu desde que foi criado. E mais, quem deve gostar ou não das manifestações publicadas são os leitores, nunca os sindicatos.

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