18 de set. de 2006

Ação Humana: Um Tratado de Economia

A Livraria Cultura está vendendo a grande coleção de livros que o Instituto Liberal do RJ editou. É uma excelente biblioteca para aqueles que acreditam que a liberdade é o esteio do progresso.
Abaixo publico minha resenha do livro Ação Humana do Mises que deixei no site da livraria pretendendo, assim, estimular a leitura dessa obra estupenda.

Um livro arrebatador!
Ludwig von Mises, a figura mais representativa e inspiradora da chamada Escola Austríaca de Economia, pode ser considerado o economista e pensador social mais contundente do século XX, sobretudo, pela sua obra Ação Humana que revolucionou o entendimento da ciência econômica. Neste livro encontramos os fundamentos epistemológicos da economia, a refutação do marxismo, a explicação do funcionamento dos mercados, o surgimento da moeda e sua importância para o sistema econômico, a teoria dos preços, dos ciclos econômicos ao tempo em que esmaga e expõe a falácia da teoria de Keynes. Mises também mostra a vantagem do livre mercado, aponta os perigos do intervencionismo econômico, e sinaliza que o único sistema de organização social possível é o de uma sociedade livre da intervenção estatal. Mises foi o economista que em 1922 - repito, 1922! - escreveu um tratado de mais de 600 páginas (Socialism) mostrando a inviabilidade econômica do socialismo. O mundo não deu ouvidos a ele, mas no final ele triunfou sobre a pirotécnica hecatombe das economias socialistas. Em Ação Humana ele foi mais longe e integrou todo o sitema da ciência econômica em uma única obra. Ela foi publicada em 1949 e, juntamente com Man, Economy and State de seu aluno Murray N. Rothbard, é o melhor tratado de economia já escrito.

14 de set. de 2006

Menos Estado, Mais Progresso!

A miséria política do Brasil pode trazer o surgimento da alternativa liberal-conservadora. Aquela praticamente ausente de representatividade no Brasil (ainda mais nestes tempos de relativismo e da ditadura do politicamente correto), mas que defende valores tradicionais como o temor à Deus, a defesa da família, da propriedade privada e do livre mercado.

Sabe-se que a democracia é um excelente meio de ascensão política e financeira para demagogos e mentirosos. Aquela equação: quem mais mente e ilude, mais chances tem de chegar ao poder político e nele se perpetuar. De sorte que sabemos que no final a verdade triunfará. Mesmo assim, é inegável que a democracia propicia a ascensão daquele tipo de gente. Isso nos é alertado e comprovado pelo eminente pensador alemão, naturalizado nos EUA, Hans-Hermann Hoppe em seu livro Democracy: The God That Failed (Democracia: o deus que falhou) sem tradução para o português, mas já comentado aqui.

Se nos países desenvolvidos, com gente muito mais culta e educada que nós a noção de que “pessoas falcatruas” têm mais chances de se tornar político de sucesso é presente, o que resta para um país como Brasil? Sem exagero, podemos elevar na décima potência o tamanho do estrago. Creio não precisar gastar espaço para exemplificar o fenômeno por estas plagas.

Mas é nesse ambiente que pode vir a surgir uma alternativa ao esquerdismo botocudo que varia do PSDB e PT até o PSTU e o recente PSOL. Uma alternativa pró-livre mercado que, antes de tudo, clame pela redução do tamanho do Estado. É necessário reduzir as despesas do Estado e cortar sistematicamente departamentos inúteis que só servem para empuleirar funcionários, o que deixa a máquina pesada e ineficiente, além de gerar grande desperdício de recursos.

Assim, e somente assim, a redução da carga tributária pode ser alcançada e consequentemente a taxa de juros poderá ser derrubada a níveis civilizados. Com a redução do tamanho do Estado, eliminando estrategicamente amarras burocráticas que inibem o processo de desenvolvimento, o Brasil poderá sair do marasmo dinamizando sua economia e configurando um quadro verdadeiramente estimulador da atividade econômica.

A redução do tamanho do Estado passa necessariamente pela privatização de estatais. A educação, decisivo insumo para gerar o progresso, deve ser ofertada cada vez mais pelo setor privado. Tanto a educação básica e superior até no campo da pesquisa e desenvolvimento (P&D). A despolitização do ensino por si só já traz grandes benefícios. Sem falar que o setor privado, operando em regime de livre concorrência, tem os incentivos para ofertar serviços de melhor qualidade à preços cada vez menores.

Vejamos o exemplo da telefonia. Quando o sistema operava em regime estatal, telefone era artigo de luxo, custava caríssimo e ainda demorava anos para se conseguir uma linha. Depois da privatização do sistema, o telefone rapidamente se popularizou, o serviço melhorou infinitamente, e uma linha residencial em alguns dias está instalada e funcionando. O telefone móvel (uma verdadeira revolução e fruto do sistema privado), você já sai falando na hora da compra! Em suma, o que o Brasil precisa é ampliar os benefícios desse sistema para outras áreas, como saúde, educação, transporte e outras mais. Não existe segredo. Basta que os políticos e burocratas deixem de atrapalhar nossas vidas, se retirem o quanto possível de cena, e deixem que nós nos resolvamos.

Menos Estado e menos impostos, mais progresso!

4 de set. de 2006

O Quê Realmente Significa Defender a Liberdade

Vale a pena ler o artigo publicado no site LewRockwell.com em que Michael Rozeff mostra como os governos americanos tem usado um discurso pró "liberdade" para, paradoxalmente, usurpá-la de seus cidadãos enquanto que a expansão estatal vem crescendo sistematicamente em perda da própria Liberdade. Seria a novilíngua orwelliana atuando por lá também? Leia mais...