2 de fev. de 2003

A estupidez de Denny Glover e a luta de um cubano execrado pelos cordeiros de Fidel

Em homenagem ao amigo Garcia Rothbard reproduzo matéria do Mídia Sem Máscara do dia 31 de Janeiro que retrata a estupidez do astro Denny Glover no Fórum Demagogo Social Mundial. Salve o Mídia Sem Máscara por oportunizar aos brasileiros uma linha jornalistica imunizada do grudento servilismo ideológico que a imprensa nacional dispensou ao evento.

Danny Glover: Show de impiedade

Nota do editor: No Fórum Social Mundial, Danny Glover mostrou de uma só vez toda a feiúra da sua mentalidade, na qual discursos grandiloqüentes em favor dos “oprimidos” coexistem pacificamente com o total desprezo aos sofrimentos de um ser humano de carne e osso. Solicitado a usar do seu prestígio para ajudar a libertar um menino de 4 anos de idade que está impedido pelo governo de Fidel Castro de vir juntar-se a seu pai, um físico cubano residente no Brasil, o ator se enfureceu e gritou que o homem era “um egoísta” porque ficava cuidando de “um caso pessoal” em vez de alardear “os aspectos positivos do regime”. Trombetear amor à humanidade, em abstrato e genericamente, sem precisar amar o próximo, é mesmo o traço essencial da personalidade comunista. É caricatura grotesca e demoníaca do Segundo Mandamento. É verdade que o drama de Juan Lopez Linares é “apenas um caso pessoal”. É de milhares desses casos pessoais que se compõe a tragédia cubana. Aliás não só ela. Cada menino africano separado de seus pais para ser trazido à América como escravo foi um caso pessoal. Cada menino judeu que viu seus pais jogados num trem para Auschwitz foi um caso pessoal. Cada um dos 100 milhões de mortos do comunismo foi um caso pessoal. Cristo crucificado foi um caso pessoal. E o sr. Glover, se um dia eu tiver a oportunidade de encontrá-lo e lhe cuspir na cara, como ele indiscutivelmente merece, não há de querer que a justiça tome as suas dores em tão miúdo caso pessoal. – Olavo de Carvalho.

Da Redação do MSM

Irritado com um pedido de apoio ao físico cubano Juan López Linares, que luta pela libertação de seu filho de 4 anos de idade retido em Cuba, faltou pouco para o ator americano Danny Glover, 1,95 m, agredir dirigentes do Instituto Liberal, entidade que promovia a tentativa de Linares de fazer-se ouvir sobre o seu caso no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Glover foi contido por um assessor.

A confusão aconteceu na segunda-feira, 27, um dia antes do encerramento do 3º Fórum. Os manifestantes do IL se concentraram no campus da Pontifícia Universidade Católica, em frente a um dos prédios da instituição, em cuja fachada penduraram, a pequena distância de uma bandeira do PSTU, uma faixa com o artigo 13º da Declaração dos Direitos do Homem, que garante a todo cidadão o direito de transitar livremente pelas fronteiras de seu país.

Tendo saído em 1997 de Cuba para um curso de doutoramento em física na Europa, Juan López Linares teve proibida, pelo governo do ditador Fidel Castro, sua volta à ilha, de onde sua mulher e seu filho Juan Paolo, de 4 anos, que ele nunca conheceu, também não podem sair. Atualmente, Linares reside em Campinas.

Durante a manifestação na PUC, um assistente seu, ao perceber a chegada de Danny Glover, resolveu abordá-lo e pedir apoio. Segundo o testemunho de Paulo Sanchotene, membro do Instituto Liberal, o ator se indignou com o pedido. Ele teria respondido, sempre aos gritos, que Linares não passava de um "egoísta", pois, em vez de dar atenção aos aspectos positivos do regime cubano, denegria-o alardeando um problema de ordem pessoal.

"O cara ia partir para cima", assegurou Sanchotene, contando como o assessor da estrela de "Máquina Mortífera" foi obrigado a segurar seu chefe para impedi-lo de praticar uma insensatez.

"Ele não chegou à violência física, mas fez uma expressão de agressividade. Ele provou ser completamente irracional, pondo a ideologia acima das pessoas. Essa gente nega a realidade e acusa as pessoas. Douram os fatos, não querem aceitar, não querem ouvir", disse Linares.

O propósito de sua ida ao Fórum Social foi denunciar, a partir de seu próprio caso, os abusos cometidos pelo governo castrista contra os cidadãos cubanos. Apesar de praticamente não ter participado do evento em si, Linares foi entrevistado por 14 veículos de comunicação, entre canais de televisão, emissoras de rádio e jornais.

Presente ao Fórum, Aleida Guevara, filha do guerrilheiro argentino Ernesto "Che" Guevara, recebeu dois convites da mídia para debater com o dissidente, mas recusou ambos.

Criticando os organizadores do evento, Linares enfatizou a ausência em Porto Alegre de opositores do regime castrista — hoje, cerca de 10% da população cubana, ou 1 milhão de pessoas, vive exilada nos Estados Unidos, principalmente em Miami, e cerca de 1% está na prisão (no Brasil, o número de presos equivalia, em 2000, a 0,13% da população).

"Cuba enviou 300 pessoas para falar bem do regime cubano e eu era a única pessoa que fazia oposição. Eles deveriam convidar não só representantes do governo cubano, mas também gente da dissidência", afirmou.


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