Não deixe de ler isso. É o artigo de maior importância para o Brasil nos últimos anos.
DENÚNCIA ASSOMBROSA
Olavo de Carvalho
O Globo, 29 de março de 2003
O deputado Alberto Fraga (PMDB-DF) anunciou dia 21, na Câmara, ter provas cabais de que o PT recebeu ajuda financeira das Farc nas últimas eleições.
Fraga quer que a denúncia seja averiguada por uma comissão parlamentar de inquérito e já começou a coletar assinaturas para isso.
É A ACUSAÇÃO MAIS GRAVE QUE ALGUÉM JÁ FEZ A UM PARTIDO POLÍTICO AO LONGO DE TODA A NOSSA HISTÓRIA. As Farc são uma organização revolucionária e criminosa, responsável pela morte de pelo menos 30 mil colombianos, pelo fornecimento maciço de cocaína ao Brasil através de seu sócio Fernandinho Beira-Mar, pela contínua violação das nossas fronteiras e, segundo suspeitam as autoridades policiais, pelo adestramento de quadrilheiros cariocas nas táticas de guerrilha urbana com que têm espalhado o terror na cidade do Rio de Janeiro. Se essa entidade interfere numa eleição no Brasil, a eleição é totalmente inválida e os políticos envolvidos no caso devem responder não somente por crime eleitoral, mas por cumplicidade com o narcotráfico e por colocar em risco a segurança do país.
Porém ainda mais espantosa que a denúncia é a total incuriosidade da nossa mídia, que até agora não fez ao deputado Fraga sequer uma pergunta a respeito.
ESSA INDIFERENÇA CONTRASTA DE TAL MODO COM O ASSANHAMENTO DOS REPÓRTERES QUANDO DOS PRIMEIROS INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO NA PRESIDÊNCIA COLLOR DE MELLO, QUE SÓ PODE SER EXPLICADA PELO EFEITO AMORTECEDOR QUE CERTOS PRECONCEITOS POLÍTICOS EXERCEM, AO MENOS INCONSCIENTEMENTE, SOBRE A ÂNSIA DE INVESTIGAR E A VONTADE DE SABER. HÁ AINDA OUTRO FATOR, É CLARO: COMPARADO COM AS FARC, PC FARIAS ERA APENAS UM LADRÃO DE GALINHAS, E É MAIS FÁCIL SER VALENTE CONTRA UM LADRÃO DE GALINHAS DO QUE CONTRA UM EXÉRCITO DE DELINQÜENTES ARMADOS.
Durante as eleições, fui praticamente o único jornalista brasileiro a lembrar aos eleitores que Lula era o presidente do Foro de São Paulo, coordenação estratégica do movimento comunista no continente, na qual o PT se associara solidariamente não só às Farc, mas a outras entidades criminosas, como o MIR chileno, acionista maior da próspera indústria brasileira dos seqüestros. Na época, não me passava pela cabeça a idéia de que Lula (ou qualquer outro candidato petista) pudesse ou desejasse receber ajuda em dinheiro dessas organizações, mas a simples ligação política que a elas o associava já me parecia garantir que, eleito presidente, ele estaria de mãos amarradas e nada poderia fazer contra a criminalidade ascendente exceto no campo das bratavas evasivas e das promessas ocas, exatamente como tem acontecido até agora.
Se comprovadas as acusações, a classe jornalística inteira terá de admitir que errou gravemente ao recusar-se a incomodar o então candidato Luís Inácio Lula da Silva com perguntas sobre as relações de seu partido com a narcoguerrilha colombiana, privando o eleitorado de informações vitais para uma escolha sensata. É compreensível, pois, que, diante da obrigação de averiguar o que até ontem negava “a priori”, ela sinta, macunaimicamente, uma preguiiiiiiiça...
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Caros pacifistas, saddamistas, antibushistas e anti-americanistas em geral: No endereço http://www.skadi.net/topsites/ vocês encontrarão uma lista dos cem principais sites nazistas da internet. Quase todos eles têm algum pronunciamento a respeito da guerra. Por favor, vão lá e comprovem: eles amam vocês loucamente. E odeiam George W. Bush. Será tudo uma esplêndida coincidência, ou, como me parece, afinidade genuína? Para tirar a dúvida, fui ver o que pensavam os extremistas de direita não expressamente nazistas, como Alain de Benoist (fundador da “nova direita” francesa), o finíssimo Monsieur Le Pen ou o historiador inglês David Irving (que se autodefine como “mild fascist”). Querem saber? Eles também estão todos aplaudindo vocês. Isso é sucesso, galera.
Sempre houve quem dissesse que o antinazismo da esquerda era apenas uma fachada teatral, erguida às pressas por Stalin para encobrir uma aliança macabra que, no momento decisivo, Hitler rompera unilateralmente. O livro dos historiadores russos Yuri Dyakov e Tatyana Bushuyeva, “The Red Army and the Wehrmacht” (New York, Prometheus Books, 1995) confirmava inteiramente essa hipótese: armando a Alemanha, a URSS provocara deliberadamente a eclosão da II Guerra Mundial, na esperança de usar os nazistas como ponta de lança. Mas o teste final era o seguinte: se a afinidade entre os dois totalitarismos era autêntica, um dia eles voltariam a aparecer de mãos dadas, tão logo se dissipassem as condições que os haviam levado a uma ruptura temporária. Foi o que veio a acontecer com a emergência do radicalismo islâmico, “terceira via” totalitária que resolve as contradições e restaura a aliança anti-americana entre socialismo e nazismo. Dia 20 dei uma palestra no Clube Israelita Brasileiro do Rio explicando isso, mas o assunto é complicado demais para ser resumido aqui. Tão logo a transcrição esteja publicada no meu site, avisarei os leitores do Globo.
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Muitos comentaristas brasileiros repetem como papagaios histéricos que “os EUA armaram o Iraque”. Nenhum deles jamais mostrou ou mencionou uma só arma americana apreendida de tropas de Saddam, seja na guerra do Golfo, seja nesta de agora. Nem avião, nem míssil, nem bomba, nem tanque, nem metralhadora. Nem sequer uma miserável pistola automática “made in USA”. Só Scuds, Kalashnikovs, etc. Mas desde quando a mentira precisa de provas?
A propósito, leiam o artigo de Charles R. Smith, “Who armed Iraq?”, em http://www.newsmax.com/archives/articles/2003/3/17/123424.shtml.
PS — Quando uma bomba supostamente americana mata por acidente 15 cidadãos iraquianos num mercado de Bagdá, a mídia se desmancha em gritos de horror e até o secretário-geral da ONU engrossa a onda de lacrimejações gerais. Mas, quando os paramilitares de Saddam Hussein disparam deliberadamente contra milhares de civis em fuga da cidade sitiada de Basra, a orquestra mundial dos bons sentimentos faz pausa para o cafezinho.
Olavo de Carvalho é Filósofo, Jornalista, Professor e autor de, entre outros, "Aristóteles em Nova Perspectiva", "A Nova Era e a Revolução Cultural", "O Imbecil Coletivo" e "O Jardim das Aflições".
Homepage: www.olavodecarvalho.org
30 de mar. de 2003
28 de mar. de 2003
Reproduzo e-mail de meu amigo André sobre o jornalismo militante de nosso país. É caótico!
Por um acaso aguém aqui entre os amigos tem acompanhado
as reportagens do jornalismo da Globo ultimamente?
Especialmente o canal GloboNews?
É um absurdo a tendência esquerdista! Mesmo na programação
de entrevistas, tipo o programa "Millenium".. onde só há entrevistas
de tendenciosos esquerdistas anti-americanos que fazem apologia
ao socialismo e terrorismo em cima dos nomes republicanos. Isso
sem falar nos entrevistadores..
Agora... observem a cobertura da Guerra. Só falta algum daqueles
"jornalistas" por fogo em uma bandeira Americana. O que não duvido.
Uma vergonha!
Sinto-me como uma ameba vendo o pseudojornalismo infantil e
"magoadinho" da Rede Globo.
Abraços,
André Frantz
22 de mar. de 2003
Ponto de Mutação - O Filme, o Capra, o Olavo, o Meira Penna e a concepção da CIÊNCIA. E meu rumo nesse emaranhado...
Quinta-feira o professor passou um video para a turma. O filme se chama "Ponto de Mutação" um documentário baseado no livro de mesmo nome de Fritjot Capra.
O filme narra a história de três sujeiros: um poeta, um político e uma cientista que passam o tempo todo discutindo filosofia, Descartes, política e ciência. Tudo isso relacioando com a natureza e o ser humano ou a intervenção do ser humano na natureza. Gostei muito do filme, pois nunca tinha lido nada sobre a questão científica do progresso das idéias e do mundo. Isso que me chamou a atenção. Descartes teria concluido com sua investigação de que o mundo; as pessoas, se comportam como um relógio. Um comportamento, portanto, mecanicista. É nessa base que boa parte do diálogo se estende...
Então lembrei que o Olavo de Carvalho tem um livro sobre o dito cujo, o Fritjot Capra, físico que inspira os diálogos do filme.
Como o livro está disponível na internet clicando aqui, fui lá e imprimi toda a parte sobre Capra (a de Gramsci eu já possuia). Tenho certeza que será uma crítica mordaz sobre o "mestre" da ciência.
Como se não bastasse, antes disso, ontem mesmo, estava lendo "O Dinossauro" de J. O. de Meira Penna, esse outro pensador que o Brasil um dia vai saber reconher com a justiça que merece seu pensamento e sua obra, um livro simplesmente espetacular cujo subtítulo é "Uma pesquisa sobre o Estrado, o patrimonialismo selvagem e a nova classe de intelectuais e burocratas"
O subtítulo já diz tudo, né? Quase. Não fosse a grande erudição do autor que remonta desde os pensadores clássicos e românticos do século XVI, XVII e XVIII para construir a lógica implacável de sua investigação e culminar no lúcido esclarecimento do "estado de coisas" que opera a burocracia brasileira, fenômeno inigualável na história da burocracia planetária, atrofiador e causador por excelência de nosso atraso e subdesenvolvimento, bem como, ele investiga a mente de quem nos guia: os intelectuais ociosos e cegos que se locupletam nas cádetras universitárias e dão sustento para os discuros demagógicos de nossos políticos. Um desastre que mais do que ninguem hoje presenciamos...
Feito esse humilde, mas justo apontamento sobre a obra, foi lá que li o ensaio "Dépostas Esclarecidos" onde retrata exatamente as questões da ciência e do pensamento como abordado no filme do dia anterior. A diferença é que a maturidade de Meira Penna surpreende o leitor com sua nobre visão filosófica do tema.
Preciso continuar lendo o livro, e também quero ver novamente o filme (minha namorada se propôs a assistir junto após te-la convencida. Que ótimo!) assim como, percebi que maravilhoso e instingante é a leitura da literatura científica elaborada pelos filósofos e pensadores da "idade da razão".
Vamos tomar um rumo mais "cientificista" nos estudos, portanto.
21 de mar. de 2003
O Antiliberalismo
Acabo de ler o pequeno livro "Antiliberalismo 2000 - A Ascensão do Coletivismo do Novo Milênio" de David Henderson editado pela UniverCidade (2002). O livro foi um presente que ganhei do Embaixador Meira Penna que é coordenador e editor da obra. Henderson é professor, pesquisador e também economista que já trabalhou em grandes orgãos internacionais como a OCDE e o Banco Mundial.
O pequeno libelo poderia também ser chamado de "a mentalidade anti-liberal", numa alusão ao livro de Ludwig von Mises "A Mentalidade Anti-Capitalista". Eis que o autor pontua uma visão geral da mentalidade anti-liberal predominante no mundo e mostra-nos as falácias que a influência esquerdista internacional insciminam na mente do público leigo. Professores, jornalistas, intelectuais, empresários - que, ressalta-se, não são empreendedores -, políticos, funcionários públicos, militantes e ativistas radicais estão todos no rol dos divulgadores e legitimadores do antiliberalismo.
Essa gente, que no intuito de salvar o planeta da precariedade e da pobreza alarmante vocifera aos quatro cantos do mundo seja em jornais, revistas, livros, teses, conferências, sala de aulas e todo a ambiente onde ventila as infornações e se concretiza a formação de pensamento, a necessidade de um controle internacional da atividade econômica-comercial que possam "garantir" assim, um "progresso sustentável". É exatamente nesse ponto que ele chama a atenção. Como não ser antiliberal, se essa "corrente" (chamaremos assim, embora ela não tenha um corpo definido e coeso já que une uma vasta classe de indivíduos e grupos tão distintos quanto desconhecidos entre si) clama por um "desenvolvimento sustentável"; pelos "direitos humanos"; pelo "meio ambiente"; pelas "injustiças socias"e tutti quanti se (agora!) esses próprios fundamentos estão sendo atrocidados pelo maldito "liberalismo"? A balela persuade facilmente as mentes pueris.
Outro âmbito importante que Henderson salienta é a crença de que existe uma "hegemonia liberal" desde os tempos da revolução industrial. Essa falácia é sustentada pela turma dos "vacas loucas" como sarcasticamente os denomina Meira Penna na apresentação do livro, pelo simples fato de que todo o mal que existe no mundo é causado pelo capitalismo liberal. Os intelectuais tupiniquins não percebem que as falhas e erros de políticas internas dos governos dos países em questão é a substância essencial -eu diria única - para se compreender o verdadeiro motivo do seu atraso e subdesenvolvimento. A responsabilização dos males do mundo que cai sobre o liberalismo e a globalização não passa de um bode expiatório que a "imbecilidade coletiva" usa para inflamar seu discurso demagógico e coletivista que impera no mundo atual e vem a cada dia ganhando mais adéptos, que como jegues atrás da cenoura não sabem ao menos onde vão parar nessa bovina caminhada na luta pelo coletivismo milenar.
No primeito capítulo Henderson evidencia fatos empíricos do contexto mundial mostrando que é exatamente o inverso daquilo que os aitolás antiliberais pregam em suas encíclicas. Afirma ele que: "não se pode culpar a liberalização pela piora na situação econômica dos países da OCDE no começo dos anos 70. Digo que, pelo contrário, pode-se considerar tal declínio como resultante em parte, senão inteiramente, das políticas antiliberais. Tais políticas foram postas em prática tanto antes como depois do agravamento da situação".
Além disso, ainda evidencia que o nível de desemprego na Austrália antes do implemento da liberalização da economia (1983) penalizava quase 10% da pupulação economicamente ativa e que após dez anos de liberalização econômica o desemprego caiu para a pequena taxa de 2,3%. Esse fato é muito elucidativo quando se ouve por aí que o liberalismo é também a causa do desemprego em massa que assistimos em alguns países. Mas observem e notem que esses países são aqueles em que o governo mais proibe a atividade econômica via impostos, regulação de mercado, concessão de monopólio ao setor privado, estatização, regulação do mercado de trabalho, pesada burocracia sobre a produção, controle de preços e da taxa de câmbio e que ainda conta ou espera contar por um Estado-babá que providencie tudo de melhor e o "mais justo" possível para a sociedade tão a mercê dos tempos injustos em que vivem.
A leitura da obra de David Henderson, entretanto, se torna urgente neste preciso momento em que o coletivismo do novo milênio concretizado nas milhares de ONGs "pacifistas" que agitam o mundo todo (sob a tutela da ONU) numa grande campanha anti-americanista e, portanto, anti as tradições do ocidente liberal, levando consigo uma gama de idiotas pateticamente persuadidos de que a cenoura que os comanda os conduzirá ao reino da prosperidade e da abundância coletiva.
18/03/2003
16 de mar. de 2003
Blog
Agradeço ao Claudio Tellez pela indicação de meu humilde blogue. Parafraseando meu amigo Enes Saldanha Luciano: um ínfimo ponto de luz frente um mundo de blogs tão luminoso.
Vou colocar seu blogue nas minhas indicações também Claudio. É claro que não se trata apenas de um agradecimento mostrando reciprocidade, mas sim, um ato de indicar blogues de alta qualidade, afora o ateísmo. Continue lendo os "austríacos"!
8 de mar. de 2003
Magnífica homepage
Vocês já conhecem a homepage www.antimodernidade.hpg.com.br? Não!! Não sabem o que estão perdendo...
De volta as aulas
Então começou as aulas, bem como, retornei ao trabalho. E o blog? O blog segue, porém mais devagar...
O início das aulas foram como sempre. Rever os colegas, os professores, observar as gurias, dar uma volta na cantina, assistir os bixos, etc, etc... Esse semestre sigo fazendo apenas três cadeiras: Economia Internacional II, Economia do Setor Público e Economia Regional.
A primeira aula de "Economia do Setor Público", com base num texto do mexicano René Villarreal foi literalmente pregado o ódio ao liberalismo e ao mesmo tempo, naturalmente, uma louvação ao intervencionismo estatal como "agente econômico", regulador e benfeitor.
Salvou-se o professor de Economia Regional, que deu uma aula muito boa, tanto no conteúdo para reflexão quanto na sua conduta de comediante. Dei mais rizada naquela aula do que nos melhores filmes de comédia que já assisti!
Por hoje era isso.
2 de mar. de 2003
Pérola da Semana
Essa eu tirei do Blog do Cláudio. Olha o que disse o ministro das comunicações, Miro Teixeira, nesta entrevista para um grande jornal:
“Nós queremos competição, queremos preços livres. E, obviamente, numa situação assim, a regulação do Estado tem que existir para garantir que os preços sejam justos.”
Isso mesmo, preços livres mas regulado pelo Estado!! Uma aberração! É mesmo Cláudio de pifar qualquer cérebro que não esteja contaminado pelo vírus do estatismo.
1 de mar. de 2003
Até que enfim arrumei o link para o blog do Claudio e do Leonardo. Só agora fui notar que estava errado, desculpa gurizada. Agora, os prezados leitores, quando passarem por aqui podem acessar. Podem não, devem!