tag:blogger.com,1999:blog-4044337.post4904975309647262876..comments2023-10-11T06:13:13.917-03:00Comments on Austríaco: Lucas Mendeshttp://www.blogger.com/profile/01743007357502474245noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-4044337.post-82773458599631722142010-04-06T16:08:59.020-03:002010-04-06T16:08:59.020-03:00Se considerarmos que três imperativos concorrem pa...Se considerarmos que três imperativos concorrem para os sistemas biológicos, quais sejam, a sobrevivência do ser, à procura pelo menor esforço e o máximo rendimento na ação, concluir que o direito natural se apóia nessa tríade torna-se lógico. Não é o direito positivo que dá ao homem o direito à própria vida, mas é exatamente esse imperativo que atua em todo e qualquer ser biológico que o determina. Muito antes, portanto, de o homem pensar em direito. Quanto aos dois outros imperativos, os antigos filósofos já os observavam na análise de toda a natureza biológica. Ao lutar pela sobrevivência os seres atendem aos princípios do mínimo esforço e máximo rendimento. Em termos de economia nós as traduzimos com a relação de Custo x Benefício. Não há como fugir à essa tríade. O próprio desenvolvimento da ciência atende a esses imperativos. Os modelos científicos são provas contundentes e seus subprodutos, a que chamamos tecnologia, não fogem a isso. Ora, quando o direito positivo aponta para o Estado como o agente que determina a liberdade do indivíduo, tirando deste o direito natural sobre sua própria existência, ele simplesmente avilta o que a natureza lhe outorgou. E foi exatamente pela visão, também sedimentada por Comte, dessa interferência humana trazendo para si o direito de contestar a natureza submetendo-a aos seus propósitos que trouxe na carona as idéias de Marx sobre o homem, condutor da história. Penso que a questão do direito natural e do direito positivo se encontra marcada pela tentativa humana de assumir o controle de tudo, até pelas leis naturais. É um paradoxo que coloca-nos diante da questão do ser ou não ser. Como entender que o ser humano para o comunismo somente valha pelo que ele possa colaborar e se submeter ao sistema imposto e criado por outros homens? Basta admitir que é o Estado que tem o poder sobre a vida humana e se compreende a ação violenta contra os oposicionistas ao regime, pois eles simplesmente representam a destruição desse modelo. Uma outra forma de conceber a frieza diante dos "inimigos" do Estado nos regimes totalitários é a forma de obedecer a um princípio de engenharia que estabelece a necessidade de, num sistema, toda e qualquer parte deve estar sujeita ao controle e comando do operador. Elimina-se qualquer variável que não obedeça a essa regra. Todo e qualquer produto colocado no mercado deve obedecer ao controle e comando do usuário. Ou não é assim? O tema é vasto, pois diz respeito à individualidade e ao coletivismo, mas exponho aqui apenas algumas pinceladas do que penso.léo guedesnoreply@blogger.com